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Foto de capa: https://www.crazyleafdesign.com/blog/30-minimal-wallpapers/

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Toda vez que chove um pouco mais forte, áreas urbanas sofrem com pequenos alagamentos e bolsões de água, causando transtornos para o trânsito e para pedestres. Em um projeto bem dimensionado e bem executado, falhas são admissíveis com um tempo de recorrência de 5 ou 10 anos, ou seja, podem ocorrer pequenos alagamentos, em média, uma vez a cada 5 ou 10 anos, dependendo do grau de proteção adotado em projeto.

Foto: Rodrigo Mello/G1

Porém, o que vivenciamos, anualmente, mais de uma vez em cada ano, é porcaria, não tem outro nome. O projeto foi mal dimensionado, a obra foi mal executada ou a manutenção não existe. Nos casos em que tudo foi feito como mandam as boas práticas da engenharia, uma má gestão urbana pode pôr tudo por água abaixo, ou, para este caso, não pôr a água para baixo!

Isso acontece quando há deficiência na coleta e destinação final dos resíduos sólidos urbanos. Falta de educação, com pessoas jogando tudo que é lixo nas ruas, aliado ao descaso das prefeituras com a gestão do lixo urbano, potencializa esses eventos de alagamento, com falha da rede de microdrenagem, pelo impedimento da captação das águas pluviais pelas bocas de lobo, ocasionado por acúmulo de resíduos que geram o entupimento do dispositivo. Já escrevemos alguns textos sobre isso e até já demos uma entrevista para o RJTV sobre lixo e microdrenagem. Se quiser saber mais, siga os links:

 

Isso mesmo, existem dispositivos de filtro para instalação nas bocas de lobo, vários deles, de diversos tipos. Basta procurar em qualquer ferramenta de busca na internet que vão aprecer muitas empresas vendendo isso. São um tipo de cesta vazada, com dimensões especiais para acomodação e fácil remoção, para coleta dos resíduos “filtrados”.

Foto: Google/DRD, disponível em https://www.camarasantos.sp.gov.br/vereador-pede-implantacao-de-bocas-de-lobo-inteligentes

A utilização destes filtros não substitui a necessidade de avançarmos para um serviço mais eficiente de gestão de resíduos sólidos urbanos, assim como a urgência de uma engenharia mais bem aplicada e fiscalizada. Toda vez que vejo o acondicionamento do lixo naqueles grandes sacos pretos, e sua disposição nas calçadas à espera do caminhão, penso em como estamos atrasados, coletando lixo de maneira desorganizada e despreocupada…

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Não basta solucionar um serviço de infraestrutura urbana, se não houver solução dos demais, pois, em uma cidade, tudo está inter-relacionado e, assim, devem ser considerados dentro de uma ótica holística, cada qual com suas particularidades e com seus efeitos e impactos sobre os demais.

Abraços

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Mostrando 2 comentários
  • Alberto
    Responder

    Considerações importantes estas deste artigo. Parabéns!
    Precisamos mesmo é de educação e de mudanças de hábitos para o população.

    • Osvaldo Moura Rezende
      Responder

      Muito obrigado Alberto! Certamente, com mais educação teríamos avanço em tudo…

      Um abraço.

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