em Meio Ambiente, Recursos Hídricos

Quem pega a BR040 durante o dia saindo do Rio de Janeiro em direção a Minas Gerais nessa época do ano, além de ter a chance de viajar sem o incômodo do trânsito provocado pelas carretas na Serra de Petrópolis (que agora trafegam em horários restritos), tem a chance de observar a beleza da vegetação da mata atlântica na subida para a Cidade Imperial.

Nesse trecho de subida da serra passamos quase que pela fronteira da Reserva Biológica do Tinguá com a APA Petrópolis. A vegetação está sempre muito verde e conforme subimos, o clima vai ficando mais úmido e (especialmente agora no outono/inverno) mais frio. Assim chegando a Petrópolis você terá chance de curtir o frio, de preferência aquecendo-se com uma companhia agradável. Entre um chocolate quente e outro você poderá perceber que mesmo o inverno sendo a época mais seca do ano, o frio em Petrópolis ainda é bastante úmido.

Seguindo pela BR040 em direção a Minas Gerais você está a caminho do distrito de Itaipava e poderá perceber que a mata atlântica continua muito bonita, mas agora (no inverno) você vai observar que a vegetação já é mais seca e, que apesar da temperatura ainda estar cerca de 10 graus abaixo da que você encontra no Rio de Janeiro, o ar já não é tão úmido quanto perto do centro de Petrópolis. Daqui pra frente você já está descendo a serra, só que pela vertente que fica virada para Minas Gerais e não mais para a Baia de Guanabara.   Cada vez a vegetação estará mais seca e o ar menos úmido. Se você tiver azar, talvez até veja alguma queimada quando estiver próximo a Pedro do Rio…

Essa visível diferença entre o clima no centro de Petrópolis, úmido, para o clima mais seco do distrito de Itaipava ocorre porque o centro de Petrópolis fica voltado para o mar recebendo toda a umidade que vem deste. Essa umidade se concentra sobre Petrópolis, mas tem dificuldade de passar a serra até chegar até em Itaipava. No verão, que no estado do Rio é extremamente chuvoso, a diferença de umidade entre os dois bairros é pouco notada, mas no inverno fica bastante nítida.

Mecanismo da Chuva Orográfica/Sombra Pluviométrica

Com o fim de semana chegando nada mais agradável que dar uma volta na serra e perceber de perto os efeitos das chuvas orográficas e das sombras pluviométricas que acabamos de descrever e que são tecnicamente descritos no post “Chove chuva, chove sem parar…”.

Abraços e bom passeio!

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Fonte da imagem de capa: https://i0.wp.com/

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