em Meio Ambiente, Políticas públicas

 

 

Mais ou menos como o Fórum Social Mundial surgiu em contraponto ao Fórum Econômico Mundial (realizado anualmente em Davos,  na Suíça)  está acontecendo em paralelo às reuniões de chefes de estados da Rio+20, a  Cúpula dos Povos.

Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental é um evento organizado pela sociedade civil global, que acontecerá entre os dias 15 e 23 de junho, no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro – paralelamente à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD), a Rio+20.

A Cúpula dos Povos vai reunir uma série de ONGs, ecologistas e outros atores sociais, que acreditam que a pauta oficial prevista para a Rio+20 – a chamada “economia verde” e a institucionalidade global – não é suficiente para lidar com a crise ecológica e social que o planeta está enfrentando.

O evento acontece no Aterro do Flamengo e as inscrições podem ser feitas  clicando aqui . A inscrição custa 10 reais, mas como o próprio site do evento informa “ O território do evento é aberto e as inscrições não serão mandatórias para circular pelo Aterro do Flamengo ou para participar das atividades. Por isso, as inscrições funcionam como forma de apoio (…)” .

Uma das principais ideias a ser defendida na Cúpula dos Povos é a importância de que o conceito de um “projeto de desenvolvimento” sustentável, ecologicamente e socialmente, não seja distorcido por interesses políticos e/ou econômicos. Nessa linha vale relembrar o conselho dado pelo filosofo Slavoj Žižek, em novembro do ano passado, aos jovens do movimento Occupy Wall Street:

“Tenham cuidado não só com os inimigos, mas também com falsos amigos que fingem nos apoiar e já fazem de tudo para diluir nosso protesto. Da mesma maneira que compramos café sem cafeína, cerveja sem álcool e sorvete sem gordura, eles tentarão transformar isto aqui em um protesto moral inofensivo. Mas a razão de estarmos reunidos é o fato de já termos tido o bastante de um mundo onde reciclar latas de Coca-Cola, dar alguns dólares para a caridade ou comprar um cappuccino da Starbucks que tem 1% da renda revertida para problemas do Terceiro Mundo é o suficiente para nos fazer sentir bem. Depois de terceirizar o trabalho, depois de terceirizar a tortura, depois que as agências matrimoniais começaram a terceirizar até nossos encontros, é que percebemos que, há muito tempo, também permitimos que nossos engajamentos políticos sejam terceirizados – mas agora nós os queremos de volta.”

Assim, sejamos críticos com o que é falado sobre a Rio+20, com os temas que são abordados e com as “soluções” propostas, para, dessa maneira, não deixarmos que a ideia de “Desenvolvimento Sustentável” se transforme em mais uma “cerveja sem álcool”!

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Mostrando 2 comentários
  • Delmo Almeida Junior
    Responder

    Srs.
    Muito boa matéria.
    É disto que o povo precisa.
    Participar das decisões politicas que afeta nossas vidas e nossas comunidades.
    Parabens.
    Delmo Almeida

    • Matheus M. Sousa
      Responder

      Obrigado pelo elogio Delmo!
      Temos que participar dessas decisões para que nossos interesses sejam respeitados!
      Grande Abraço!

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