em Qualidade da Água

Fonte da imagem de capa: http://revistabrasilianas.com

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O rio Doce drena uma bacia de 83.400km², num percurso de 853km e banha o Estado de Minas Gerais e Espírito Santo. É responsável pelo abastecimento de várias cidades por onde passa, sendo uma dessas a cidade de Governador Valadares, com cerca de 280.000 habitantes. Muitas pessoas vivem da pesca em suas águas, além de produtores rurais e centenas de outras empresas que captam água do rio para o abastecimento. Apesar de sua importância, o rio Doce, como muitos outros rios brasileiros, estava meio esquecido até que o pior aconteceu.

O rompimento da barragem da mineradora Samarco, em novembro de 2015, foi notícia no país inteiro. Morte, destruição, uma comunidade inteira devastada, cidades sem abastecimento de água, foram muitos os problemas resultantes do rompimento da barragem de rejeitos do Fundão que colocaram o rio Doce em foco. Na época do ocorrido, publicamos alguns posts aqui no Blog Cidade das Águas:

QUANTO CUSTA O RIO DOCE?

BARRA PESADA: OS DESAFIOS PARA ENFRENTAR RUPTURAS DE BARRAGENS

ESPECIALISTAS DISCUTEM O DESASTRE DE MARIANA E A SEGURANÇA DE BARRAGENS NO BRASIL

A REAL HISTÓRIA DA RECUPERAÇÃO DO RIO DOCE EM 5 MESES

A BACIA DO RIO DOCE UM ANO APÓS O ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE FUNDÃO

Recentemente vi uma matéria no G1 divulgando o monitoramento em tempo real da qualidade das águas superficiais do rio Doce. Antes mesmo do rompimento da barragem, o rio Doce já era um dos rios mais poluídos do nosso país, como apresentamos no post OS 5 RIOS MAIS POLUÍDOS DO BRASIL. No entanto, com o grande volume de rejeitos lançados no rio após o rompimento da barragem, a Samarco foi obrigada a realizar intervenções para reduzir os impactos dos danos causados.

Foto de Fred Loureiro/Secom/ES. Fonte: www.ufla.br/

O programa é desenvolvido pela Fundação Renova, órgãos ambientais e agências de água, e tem duração prevista de 10 anos. São 22 estações em pontos estratégicos da bacia do rio Doce que fazem a transmissão dos dados em tempo real e divulgação online. A matéria, escrita por Por Loreta Fagionato, traz uma afirmação da diretora da Agência Nacional de Águas (ANA), Gisela Forattini: “É a primeira vez no país que uma bacia hidrográfica tem uma rede de monitoramento e alerta, com análises tão completas da qualidade da água”.  Além da Fundação Renova, fazem parte do projeto a ANA, o Ibama, o ICMBio e os órgãos estaduais Iema (Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo), a Agerh (Agência Estadual de Recursos Hídricos) e Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam). É triste que tenha sido necessária uma tragédia desta magnitude para que entidades e governos se movessem e buscassem um maior controle da qualidade das águas deste rio tão importante. Mas, como quase tudo na vida tem um lado bom, esse é um dos pouquíssimos lados bom dessa tragédia. Diante da tamanha importância do rio Doce,  o monitoramento da qualidade de suas águas é de suma importância para a segurança da população, que depende do rio para a realização de suas atividades diárias.

Até o próximo post!

 

 

 

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